Dia do Meteorologista é comemorado nesta sexta-feira (14)

A meteorologia faz parte da vida das pessoas mais simples até dos grandes negócios. A ciência com base em conhecimentos físicos e matemáticos estuda a dinâmica da atmosfera e, hoje, com os avanços tecnológicos tem um percentual de acerto entre 90% e 100%. Os dados analisados pelos meteorologistas, as estatísticas da área e as previsões climáticas beneficiam diversas setores como defesa civil, navegação, transporte, economia e a agricultura.

Nesta sexta-feira (14) é comemorado o Dia do Meteorologista no Brasil, profissão que foi regulamentada pela Lei Federal nº 6.835 de 14/10/1980. A profissão é regida pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) nacionalmente e, nos Estados, pelos Conselhos Regionais. No Paraná, são 33 profissionais da área registrados junto ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PR).

Além do conhecimento em matemática, física, o curso de graduação também possui a formação em geofísica, estatística, cartografia, astronomia, tecnologias da informação, ecologia, comunicação e expressão.

Formada em 1989, a meteorologista do Instituto Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-PR) Angela Beatriz Costa, doutora em agrometeorologia, ressaltou que a ciência atmosférica faz parte do cotidiano das pessoas e tem impacto no meio urbano e rural.

“As ações do homem na expansão das cidades com retirada das matas, verticalização do meio urbano e a pavimentação asfáltica criaram ilhas de calor e deixaram o solo impermeabilizado. O trabalho do meteorologista pode indicar opções para atenuar esses problemas, que afetam a vida de todos”, comentou.

Já no meio rural, a meteorologia está presente em todo o processo, do plantio à colheita, e antes mesmo durante o planejamento das safras no calendário e na análise das zonas aptas para produção e indica quais as melhoras épocas do ano para as diferentes culturas.

“Além disso, a previsão dos meteorologistas é fundamental para defender as culturas das condições climáticas. Desde 1995, o IDR e o Simepar (Instituto Meteorológico do Paraná) trabalham com o serviço do Alerta Geada, que foi criado com o objetivo de proteger a cafeicultura paranaense, mas outras culturas também são beneficiadas”, acrescentou Angela.

Ela ainda lembrou que setores da economia como vestuário e produtores de sorvetes consultam as tendências climáticas das estações para calcular o investimento necessário para o período.

O meteorologista do Simepar, Lizandro Jacóbsen, faz parte da equipe que realiza o monitoramento 24 horas por dia do clima no Paraná em escalas de plantão.

Na avaliação dele, o principal desafio do profissional está em acompanhar as evoluções tecnológicas. “A melhoria da tecnologia de informação também está aplicada na meteorologia. Hoje temos simuladores computacionais de previsão do tempo, equipamentos operados remotamente, aparelhos que transmitem os dados via satélite ou até mesmo através de celular. No Paraná, são dois radares meteorológicos que acompanham a ocorrência da chuva em tempo real. Temos também detecção de raios e tudo isso serve para o meteorologista conseguir fazer os melhores alertas e também melhorar os índices de previsão do tempo”, comentou. Ele lembrou que o profissional graduado também está habilitado para trabalhar em diferentes atividades, como monitoramento das condições atmosféricas e da superfície da Terra; análise e interpretação de dados e modelos numéricos; previsão do tempo e do clima; instrumentação; gerenciamento de projetos; perícias; emissão de boletins, laudos, pareceres e avisos meteorológicos e pesquisas científicas.

Valorização profissional

O texto que acabou de ler faz parte de uma ação de valorização profissional que o Crea-PR começou no início de 2022. Acesse nossa área dedicada ao aniversário de nossas profissões e confira mais matérias como esta.