Aeroporto de Londrina – 75% das obras concluídas
Até início de agosto este era o percentual do andamento da expansão do aeroporto, a previsão de conclusão é final deste ano
Cronograma em dia! Esta é a melhor notícia desta atualização das obras do Aeroporto Governador José Richa, de Londrina, no norte do Paraná. O investimento de R$ 185 milhões para triplicar a capacidade da estrutura está a todo vapor. As obras da CCR Aeroportos, que administra o terminal aéreo, têm conclusão prevista para novembro deste ano.
A atualização do cronograma foi passada pelo Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel) ao presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul), engenheiro civil Gilmar Domingues Pereira. O Ippul tem por atribuição o planejamento urbano do entorno do aeroporto.
“O futuro do Aeroporto de Londrina é atender um aumento na demanda de passageiros e cargas, por meio da ampliação do terminal, melhorias nas pistas e na infraestrutura de suporte, e a atualização de tecnologias de operação. Esta ação contribui para o desenvolvimento econômico de Londrina e região e pode impulsionar a demanda por serviços aéreos. Investimentos em setores como agronegócio, turismo e comércio podem contribuir para um aumento no número de passageiros e operações de carga”, destaca.
Segundo ele, ainda possibilita a introdução de novas rotas e conexões aéreas aumentando a conectividade do aeroporto com outras regiões do Brasil e do exterior. O aeroporto ainda tem potencial para se posicionar como um hub logístico estratégico, facilitando o transporte de cargas agrícolas e industriais, além de apoiar o comércio e as exportações.
“O foco também está em melhorias na experiência do passageiro, como conforto no terminal, serviços adicionais e facilidades, podem ser focos importantes para atrair e reter passageiros, elevando a qualidade do serviço oferecido”, esclarece o presidente do Ippul.
Atualmente o Aeroporto de Londrina tem capacidade de 750 mil passageiros por ano e, após as obras, dobrará essa capacidade, atendendo até 1,5 milhão de passageiros/ano.
Profissionais
Os profissionais do Sistema Confea/Crea desempenham um papel crucial na gestão e execução de projetos e obras de engenharia, como a que está acontecendo no Aeroporto de Londrina. “Por meio de sua formação técnica e experiência contribuem para garantir que projetos e obras sejam realizados com segurança e qualidade, e que estejam em conformidade com as normas técnicas e regulamentações vigentes, minimizando riscos e evitando falhas, fazendo com que a obra não só seja segura e funcional, mas também legalmente adequada”, frisa Pereira.
Uma das formas de atuação dos profissionais é participando de comissões técnicas. No caso do Aeroporto de Londrina, o Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal) acompanha as questões referentes às obras participando da Comissão de Desenvolvimento e Infraestrutura da Região de Londrina.
“Essa comissão foi criada para acompanhar as obras estruturantes de Londrina e é composta por lideranças da sociedade civil organizada, políticos das esferas federal, estadual e municipal e por empresários da iniciativa privada”, conta o presidente do Ceal, engenheiro eletricista Brazil Alvim Versoza.
Para ele, o aeroporto é essencial para a região, que “é uma das mais importantes do estado em razão da importância do agronegócio, indústrias químicas e de materiais, empresas de TI, centro referência de saúde e polo de fornecedores de toda a cadeia da indústria da construção civil”.
Neste sentido ele pondera que “estar conectado a outros estados de uma forma rápida, tendo um aeroporto mais preparado, é importante para Londrina e principalmente para o nosso país, que terá o acesso a produtos, serviços e tecnologias de uma forma ágil. Outro ponto importante está na atração de pessoas e empresas que querem aproveitar para se instalarem numa região com excelente qualidade de vida. Para se ter uma ideia, atualmente, uma das maiores companhias aéreas do Brasil tem 52 comandantes de aeronaves morando em Londrina”, cita Versoza.
Histórico
Demanda antiga da população local, as obras no Aeroporto de Londrina têm vários capítulos. O aeroporto foi construído em 1956. Segundo a CCR Aeroportos, teve papel fundamental no transporte do café brasileiro e é, até hoje, principal ligação do norte Paranaense aos grandes centros do Brasil, com voos diretos para Guarulhos, Congonhas, Campinas e Curitiba, além de oferecer voos diretos para o nordeste durante a alta temporada.
Em 2010, depois de alguns anos de conversas, foi feito um projeto de ampliação e modernização, porém a obra passou por problemas com a empresa contratada. Na época, o trâmite todo era entre estado, governo federal e a licitada, sem envolvimento do município. A obra ficou estacionada.
Em 2017 os trabalhos para viabilizar as obras foram retomados com novo projeto e busca por investimentos. Os trabalhos seguiram apenas no papel até que em 2021 o aeroporto integrou um pacote de concessões à iniciativa privada e passou a ser de responsabilidade da CCR Aeroportos. Em 2022, a empresa anunciou as obras. O projeto ainda foi revisto para incluir demandas da Prefeitura de Londrina e as obras foram iniciadas. Serão concluídas este ano, depois de 14 anos de diversas fases.
ILS trará mais segurança
Aeroporto terá ILS com previsão de instalação para 2026
Uma das mudanças previstas será a implantação do ILS, sigla em inglês para Sistema de Pouso por Instrumento, e do ALS, Sistema de Luzes de Aproximação. A previsão é de um investimento de R$ 20 milhões no sistema, que possibilitará que o aeroporto continue operando mesmo em condições climáticas adversas, como em dias chuvosos, por exemplo, o que atualmente não é possível. A CCR Aeroportos irá preparar a estrutura necessária para implantação da tecnologia, sendo que o sistema em si é de responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), como informado em matéria da Agência Estadual de Notícias.
Já o sistema ALS é um conjunto de luzes coloridas ou piscantes, que auxilia a transição de voo por instrumentos para o voo com referências visuais. Esta reforma deve dar mais segurança às operações, além da aumentar o número de embarques e desembarques e de aviões que chegam ou partem de Londrina.
“A instalação do ILS é mais complexa pois depende de uma licitação internacional para a fabricação do equipamento, que pode demorar de 10 a 12, e depois mais 10 meses para fabricação, ou seja, na melhor das hipóteses a instalação acontecerá até a metade de 2026. A implementação desse sistema no aeroporto de Londrina representa um aumento da capacidade de circulação de aeronaves e redução nos cancelamentos de voos ocasionados por fenômenos meteorológicos”, avalia o presidente do Ceal, Brazil Alvim Versoza.
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