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Paraná:celeiro de inovação

Publicado em 30 de setembro de 2024

Estado conta com 188 ambientes promotores de inovação localizados em 46 cidades e está em expansão

Criado em 2016, o Sistema Estadual de Ambientes Promotores de Inovação do Paraná (Separtec+) é uma política pública para a implantação de parques tecnológicos. “Atua diretamente com ambientes promotores de inovação, que são espaços públicos e privados que favorecem ações de empreendedorismo, inovação e pesquisa em diferentes áreas”, explica o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti), Aldo Nelson Bona.

Segundo ele, esses espaços incentivam o desenvolvimento de novos produtos, serviços e negócios para o mercado por meio da produção científica e aproximam as universidades das empresas.

O Conselho Paranaense de Ciência e Tecnologia definiu cinco áreas prioritárias para o desenvolvimento da pesquisa científica no estado: Agricultura; Biotecnologia & Saúde; Energias Sustentáveis; Cidades Inteligentes; e Educação, Sociedade & Economia, além de duas condicionantes-chave: sustentabilidade e transformação digital.

“Essas áreas estão fortemente relacionadas com as Engenharias, Agronomia e Geociências, demonstrando que são campos estratégicos para o desenvolvimento de soluções tecnológicas. Importante frisar que a prioridade para o Separtec é a geração de produtos e empreendimentos inovadores”, afirma o secretário. 

Para o coordenador do Separtec+, José Maurino Oliveira Martins, o sistema tem papel fundamental nas áreas tecnológicas porque “facilita a criação de um ambiente colaborativo que estimula a pesquisa aplicada e o desenvolvimento de novas tecnologias e isso se reflete na crescente produção de artigos científicos, patentes e projetos inovadores, que abordam desafios específicos, principalmente nas áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências”.

Dados

No Paraná são 188 ambientes credenciados, que estão localizados em 46 cidades e são qualificados em 10 categorias: aceleradoras; agências de inovação; centros de inovação; espaços maker; hubs de inovação; incubadoras; pré-incubadoras; e parques tecnológicos em operação, em implantação e em planejamento.

Futuro

O coordenador do Separtec+ informa que o objetivo futuro é que o sistema se torne um modelo de referência para outros estados brasileiros e para o cenário internacional.

“A lógica dos nossos ambientes de inovação prepara para os próximos anos e a expectativa é de um crescimento contínuo no volume de recursos destinados aos ambientes promotores de inovação, bem como a criação de novos ambientes que possam abrigar e fomentar o desenvolvimento das startups de alta tecnologia”, completa José Maurino.

O secretário antecipa que foram lançados dois editais para o credenciamento de Ambientes Promotores de Inovação. “E a profissionalização desses espaços estimula o surgimento de novas startups, que geram desenvolvimento regional. Também se espera a ampliação de parcerias entre as universidades e empresas favorecendo uma troca de conhecimentos muito positiva, na qual a pesquisa é direcionada para demandas da sociedade, estimulando emprego e renda”, antecipa Aldo Bona.

Soluções sustentáveis

O Separtec+ desempenha um papel crucial no desenvolvimento de soluções sustentáveis, promovendo iniciativas que alinham inovação tecnológica com responsabilidade ambiental. “O sistema reconhece a importância de integrar práticas sustentáveis em todas as etapas de desenvolvimento tecnológico, visando não apenas o crescimento econômico, mas a preservação dos recursos naturais e a mitigação dos impactos ambientais”, explica Maurino.

Segundo ele, entre os projetos e iniciativas que se destacam nesse sentido está o apoio às startups e empresas que desenvolvam tecnologias limpas e soluções voltadas para a economia circular.

O sistema tem facilitado, por meio das parcerias, o desenvolvimento de tecnologias que promovam a eficiência energética, o uso sustentável dos recursos hídricos e a redução de emissões de carbono. Isso se reflete no processo de credenciamento – uma vez que essas ações elevam a pontuação dos ambientes no processo de avaliação. “Dessa forma, o incentivo ao uso de energias renováveis tem sido uma prioridade”, explica.

Desafios

Para consolidar o sistema não são poucos as ações. “Entre os desafios está a complexidade e as demandas crescentes do ecossistema de inovação, bem como a necessidade de ampliar a capilaridade desse sistema, garantindo que a inovação e as oportunidades cheguem a todas as regiões do estado, principalmente aos pequenos municípios”, avalia o coordenador do Separtec+.

Para ele, outro desafio é a atração e retenção de talentos qualificados que são essenciais para a continuidade de projetos de inovação e para a promoção de uma cultura empreendedora, além disso a integração efetiva entre os atores diversos atores do ecossistema como as universidades, startups e o governo, com eliminação de barreiras burocráticas. “Neste sentido representa um grande avanço a Lei de Inovação (Lei 20.541/21, que integra o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação do Paraná).”

Contribuição com desenvolvimento urbano e transformação digital está entre as prioridades

Simulação do projeto da Fábrica de Ideias

“Uma das áreas prioritárias do Sistema de Ciência e Tecnologia do Paraná são as cidades inteligentes. Estamos mobilizando os ativos tecnológicos do estado para contribuir com o desenvolvimento urbano e transformação digital, pautados na sustentabilidade para promover qualidade de vida aos cidadãos e eficiência à gestão. Entendemos que cidade inteligente é a cidade que cuida bem das pessoas e oferece soluções práticas para as demandas da população”, frisa Bona.

Na prática isso se dará por meio de articulação junto aos municípios para que todos tenham consolidada uma política municipal com fundos e recursos para a inovação e um Conselho Municipal de inovação. “Por meio de programas específicos e parcerias estratégicas é promovido o desenvolvimento de infraestruturas tecnológicas para o fortalecimento das cidades inteligentes como: redes de comunicação eficiente, plataforma de gestão de dados, sistemas de energia renovável e principalmente mobilidade urbana. Iniciativas que impactam na melhoria da qualidade de vida do cidadão”, completa Maurino.

Ele também destaca que o sistema age incentivando a adoção de tecnologia de base para os municípios de diferentes tamanhos, mas principalmente nos pequenos e médios.

O secretário Aldo Bona ainda destaca o papel de se ouvir as demandas da sociedade. “Um dos programas desenvolvido pela Seti é a Agência de Desenvolvimento Regional Sustentável (Ageuni). O objetivo desse programa é que a sociedade apresente suas demandas para as universidades, e os pesquisadores irão apresentar soluções para os problemas apresentados. Essa iniciativa contribui para ampliar o relacionamento entre universidades, setor produtivo, sociedade e setor público. A partir desse movimento, estimulamos o surgimento de mais cidades inteligentes no Paraná”, conclui. 

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