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Paraná tem um dos cursos mais antigos de Engenharia Agrícola do país

Publicado em 27 de outubro de 2022

O levantamento inicial da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para a safra brasileira 2022/23, divulgado neste mês, prevê que o Paraná terá um avanço de 69,7%, com 20,8 milhões de toneladas. O Estado está entre os principais produtores de grãos, graças a uma série de fatores. A profissionalização é um deles. Pouco conhecida do grande público, a Engenharia Agrícola é uma modalidade que forma profissionais que cuidam dos processos de produção agropecuária, levando em conta os fatores ambientais, econômicos e sociais. Eles projetam e administram técnicas e equipamentos usados nas lavouras, estudam e implementam métodos de armazenagem, constroem silos, armazéns e estufas, trabalham em projetos de irrigação e eletrificação, entre outras funções.

Dia-do-Engenheiro-Agricola

A data de 27 de outubro celebra o Dia do Engenheiro Agrícola, que tem como objetivo unir a agricultura e a Engenharia na busca pelo equilíbrio entre o desenvolvimento e a sustentabilidade.

O Paraná tem um dos cursos de Engenharia Agrícola mais antigos do Brasil, da Unioeste, em Cascavel. Na época, a instituição era denominada Fecivel e as atividades iniciaram em agosto de 1979. É considerado o quinto curso a iniciar suas atividades de formação no país. Atualmente, são 39 cursos em diversas regiões brasileiras. Nas terras paranaenses, além de Cascavel, há outros dois cursos de graduação em Engenharia Agrícola: na Universidade Estadual de Maringá (UEM), em Cidade Gaúcha; e na Universidade Federal do Paraná (UFPR), em Jandaia do Sul.

De acordo com dados do Departamento de Fiscalização (Defis) do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), há 304 engenheiras e engenheiros agrícolas registrados ou com visto. A Regional Cascavel do Conselho é a que mais tem profissionais, 127. Na sequência, Regional Curitiba, 89; Regional Maringá, 44; Regional Londrina, 11; Regional Guarapuava, 10; Regional Pato Branco, 10; Regional Apucarana, 7; e Regional Ponta Grossa, 6.

O engenheiro agrícola Valmor Pietsch é formado na segunda turma da Fecivel (hoje, Unioeste), no final de 1984. Nascido e radicado em Cascavel, atualmente é vice-presidente da Associação Brasileira dos Engenheiros Agrícolas (Abeag) e coordenador da Comissão de Ética do Crea-PR. Ele observa que há muita confusão entre as funções do engenheiro agrônomo e do engenheiro agrícola.

“O agrônomo tem formação baseada em conteúdos da Biologia e da Química, visando a fertilidade das plantas, a correção e a conservação do solo, entre outros. O engenheiro agrícola está ligado às ciências exatas, com conteúdos afins da Engenharia Civil, Mecânica e Elétrica”, distingue.

Pietsch informa que há pouco menos de 5 mil engenheiros agrícolas no Brasil, mas acredita que o número deve crescer nos próximos anos. “A atuação do engenheiro agrícola tem características multidisciplinares. O país vive um momento de crescimento no agronegócio e, com o aumento da produtividade, serão necessárias mais estruturas de armazenamento e também maior desenvolvimento e produção de máquinas e implementos”, contextualiza. “É, também, uma profissão que exige atualização constante e estudo contínuo, em função dos avanços tecnológicos”, completa Valmor Pietsh.

Valorização profissional

O texto que acabou de ler faz parte de uma ação de valorização profissional que o Crea-PR começou no início de 2022. Acesse nossa área dedicada ao aniversário de nossas profissões e confira mais matérias como esta.

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