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Engenheiro de Produção: a profissão que otimiza processos

Publicado em 17 de dezembro de 2022

O Engenheiro de Produção é o profissional responsável por otimizar os processos, visando a resolução de problemas, diminuição de desperdícios e promoção de eficiência nas organizações. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) celebra o Dia do Engenheiro de Produção neste sábado, 17 de dezembro, e parabeniza os 1953 profissionais registrados no Paraná, sendo 116 atuantes em Londrina e no Norte Pioneiro.

Jessica Naihara Nunes Bueno é uma delas. A Engenheira de Produção é da primeira turma de Engenharia de Produção de Londrina, formada pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) em 2009. Para ela, a profissão possibilita atuação ampla, desde a indústria, ao agronegócio, comércio, tecnologia e serviços. “É uma profissão que está presente em tudo e, atualmente, existe muita procura pelo curso nas universidades. Hoje em dia, percebo também que as pessoas já entendem melhor qual é a atividade de um engenheiro de produção e buscam tê-lo nas organizações, ou seja, somos mais valorizados”, analisa. De acordo com ela, o Engenheiro de Produção possui uma visão sistêmica e está presente na entrada, transformação e saída. “Trabalhamos para transformar, otimizar e solucionar problemas dentro das empresas”, diz.

Segundo o Ministério da Educação (MEC), o Brasil tem hoje aproximadamente 670 faculdades autorizadas a oferecer o curso de Engenharia de Produção. O curso é bastante procurado, mas tem seus desafios. “Costumo dizer que os dois primeiros anos do curso são difíceis porque envolvem disciplinas de física e matemática, que estimular o desenvolvimento do raciocínio lógico”, explica Bueno, que lecionada na PUC, campus Londrina. Segundo ela, o foco principal durante o curso é demonstrar a versatilidade que a profissão proporciona. “Procuramos passar para os alunos que a Engenharia de Produção é capaz de atuar em vários setores. Para isso, levamos exemplos práticos para a sala de aula e investimentos em projetos que levam a realidade do mercado para a academia”, diz. O estágio, por exemplo, é uma ótima porta de entrada. “Um estudante que inicia estágio em uma indústria pode estudar uma máquina, desmembrá-la, e, a partir daí, pensar em melhorias de custo, tempo, velocidade e diminuição de desperdício. Nesse momento, ele percebe como a profissão que vai exercer faz a diferença naquela empresa”, afirma.

O Crea-PR e a Engenharia de Produção

A profissão é fiscalizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), que verifica se os serviços relacionados à atividade são realizados por um profissional responsável e se há o respectivo registro de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), documento necessário nas execuções de atividades das engenharias, que identifica, de forma legal, objetiva e rastreável, que o serviço foi planejado e executado por um ou mais profissionais legalmente habilitados pelo Crea, e que cabe exclusivamente a este ou a estes profissionais, a responsabilidade técnica pelo serviço realizado.

O olhar do estudante

Para saber o que se passa na academia, nada melhor que conversar com quem veio de lá. Murilo Lopes D’Agostin é estudante do 9º período de Engenharia de Produção da Uniandrade, em Curitiba. Ele conta que um dos grandes desafios do ingressante nos cursos de Engenharia é enfrentar e passar pelas disciplinas bases, nos dois primeiros anos. “Vejo que a maioria dos alunos tem dificuldade em pegar o ritmo inicial, que exige mais dedicação, foco e desenvolvimento. Porém, creio que é possível persistir nesse começo difícil, pois depois é possível levar com mais tranquilidade”, aconselha.

A Engenharia de Produção é uma profissão voltada para a melhoria dos sistemas produtivos. Segundo D’Agostin, é impossível falar de Engenharia de Produção sem fazer relação com a fabricação de produtos, uso correto de recursos, matéria-prima, inovação e tecnologia de processos e planejamento e gerenciamento de sistemas organizacionais. “É uma profissão que tem a missão de promover eficiência. Vemos, na prática, que dá resultado, pois as barreiras são quebradas através de estudo e troca com outros profissionais”, completa.

O curso de Engenharia de Produção tem duração de cinco anos. Em geral, as grades curriculares dos cursos de Engenharia são as mesmas nos quatro períodos iniciais. Após isso, as disciplinas específicas entram para atender a determinados cursos.

Como graduando, Murilo reconhece a importância de contribuir para o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR) e, por isso, participou durante todo o ano passado como membro dirigente do Conselho Acadêmico Regional (CAR), do CreaJr representando a regional Curitiba. O CreaJr é um programa que fomenta a aproximação dos futuros profissionais com o mercado de trabalho, entidades de classe e os Creas. “O CreaJr é uma fonte inspiradora para conhecer quem nos representa dentro da profissão. Eu ouvia muitas pessoas dizerem que o Crea-PR só servia para arrecadar ART e não é verdade. Descobrir que tudo dentro do Conselho tem uma função: para que o profissional seja habilitado, para que sejam calculados os riscos, para a regulamentação da profissão. Posso dizer que participar do programa foi uma das etapas de evolução da minha carreira”, diz. Alguns benefícios em participar do programa são elencados pelo estudante: fazer uma boa rede de contatos, desenvolver concentração e foco, responsabilidade e atualização de conhecimentos. “Nesse tempo, percebi que o Crea-PR está disposto a ajudar o estudante, não só para o desenvolvimento, para ouvi-lo e trazer melhorias, atualizações e inovações para o Conselho de classe”, completa. Quem desejar se inscrever no CreaJr pode acessar o site creajr.crea-pr.org.br

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