Estudo sobre concreto com menor emissão de carbono vira capítulo de livro
Resultados dos estudos de pesquisadores do Campus Toledo estão em um capítulo de livro internacional publicado neste mês de março pela Editora Springer. O documento apresenta a durabilidade de concretos com cimentos de menor emissão de carbono. Os experimentos começaram em 2021 e foram feitos durante o estágio de pós-doutorado do pesquisador Carlos Balestra, na Universidade Estadual Paulista (Unesp), com a colaboração de professores da UTFPR e que fazem parte do grupo de pesquisa em Materiais e Estruturas (GMAES) do Campus.
No capítulo, que faz parte da série de livros Patologia e Reabilitação de Edifícios (BUILDING,volume 25), o trabalho apresentou o comportamento dos materiais de menor impacto ambiental com relação a durabilidade do concreto. O estudo avaliou o desempenho em cada uma das misturas estudadas: na clinquer Portland, filler calcário, gesso, argila calcinada e silica ativa, ou cinza volante, ou cinza de bagaço de cana, ou cinza de caroço de açaí. O objetivo foi comparar os resultados levando em conta à resistividade elétrica e à carbonatação dos concretos armados de resíduos agroindustriais.
“A resistividade elétrica é a capacidade do concreto em resistir ao fluxo de cargas elétricas. Quanto menor for este fluxo, mais resistivo e durável será a estrutura. No caso da carbonatação, ela está relacionada a penetração de CO2 do ambiente, o que acaba reduzindo o pH do concreto em meios urbanos, levando a corrosão das barras de aço. Portanto, quanto menor for a penetração de CO2, mais durável será a estrutura de concreto armado”, explica o professor Balestra.
Segundo o pesquisador, os cimentos de menor emissão de carbono são conhecidos como LC³ (Limestone Calcined Clay Cements) e a utilização de materiais cimentícios suplementares (SCM) para substituir em que até 50% o clínquer/cimento Portland (tradicional) tem sido objeto de diversas pesquisas.
“A motivação para este estudo se dá tendo em vista que uma grande parte das emissões de CO2 no mundo advém da indústria cimenteira (em torno de 10% das emissões globais). Assim, nosso grupo de trabalho vem se empenhando e desenvolvendo pesquisas neste âmbito”, completa o professor.
O resultado apresentado no capítulo, mostra que a presença de SCM em concretos LC 3 aumenta em até 25% a resistividade elétrica e apresenta frentes de carbonatação maiores em relação ao concreto de referência devido à baixa disponibilidade da Portlandita para reagir com o CO2.
Participam deste estudo, além do professor Carlos Eduardo Tino Balestra, os docentes Gustavo Savaris, Ricardo Schneider e Alberto Nakano.
Fonte: UTFPR
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