Crea-PR: sob nova gestão!
Engenheiro Agrônomo Clodomir Ascari já iniciou o trabalho frente à presidência do Crea-PR.
Mútua-PR também já tem nova diretoria em ação
Desde o início de janeiro as atividades do novo presidente do Crea-PR, Engenheiro Agrônomo Clodomir Ascari, estão intensas. As Eleições Gerais do Sistema Confea/Crea e Mútua foram realizadas no dia 17 de novembro e o início da nova gestão foi no dia 1º de janeiro, com a cerimônia solene de posse realizada no dia 22. Porém, a transição de gestão do Crea-PR teve início ainda no ano de 2023.
“Iniciei as primeiras conversas e passos da transição desde a homologação do resultado das eleições pelo Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), em novembro. O presidente Ricardo Rocha de Oliveira, por quem nutro admiração e amizade, não mediu esforços para facilitar ao máximo esse processo. Quero, também, parabenizar as comissões eleitorais – nacional e estadual – pois não tivemos nenhum incidente nesta primeira eleição realizada totalmente pela internet”, afirma o presidente.
Eleito pela maioria dos votos válidos registrados nas urnas, o novo presidente vê a necessidade de ampliar a participação dos eleitores no processo eleitoral. “Fica o desafio para a próxima eleição de conseguirmos mais participação, pois o processo está cada vez mais simplificado”, afirma Ascari.
“O fato da eleição ter ocorrido em formato on-line pela primeira vez superou as expectativas, foi um processo bastante tranquilo, procuramos prever todas as situações que pudessem gerar alguma dúvida, alguma dificuldade de acesso e votação dos eleitores, com um canal de atendimento específico do Crea-PR no dia das eleições. Atendemos todas as normativas por meio da Comissão Eleitoral Regional e o saldo foi bastante positivo, apesar de que o total de profissionais que participaram ainda poderia ser maior”, diz o assessor da Comissão Eleitoral Regional (CER), Eduardo Ramires, reafirmando a fala do presidente.
Ciente do resultado e ainda na função de diretor do Conselho, o primeiro passo foi intensificar o contato com os profissionais. “Já tinha esse trabalho, mas depois do resultado o foco foi ainda mais voltado a ouvir as demandas dos profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências e seus desejos para o futuro do Crea-PR”, conta Ascari.
Para o ex-presidente, Engenheiro Civil Ricardo Rocha, a transição foi tranquila e efetiva. “Clodomir Ascari já conhecia profundamente o andamento dos processos. Então, aguardamos de forma respeitosa o processo eleitoral e, assim que teve seu nome homologado pelo Confea, ele já começou a participar das reuniões se apresentando como novo presidente eleito. Isso foi na governança de Pato Branco do final do ano passado. Desta forma, ele teve oportunidade de contato com as Entidades de Classe, Instituições de Ensino, CreaJr-PR, inspetores e profissionais nas governanças que se seguiram”, explica Rocha.
Conselho Federal
O novo presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) é o Engenheiro de Telecomunicações Vinicius Marchese Marinelli. Ele e os novos conselheiros federais tomaram posse no dia 13 de janeiro, durante sessão plenária 1.659 do Confea.
Planejamento Estratégico
O superintendente do Crea-PR, Engenheiro Agrônomo Celso Roberto Ritter, lembra que no processo de transição são repassados todos os dados que o novo presidente necessita para que ele possa realizar o Planejamento Estratégico de sua gestão.
O Planejamento Estratégico é sempre elaborado após as eleições para presidente do Conselho e contempla o alinhamento da gestão para os três anos do mandato do presidente. A elaboração se dá de forma colaborativa. Unem-se as propostas políticas aprovadas nas urnas com informações, levantamentos e dados levantados junto aos stakeholders (todas as partes interessadas) do Conselho. Também são feitas análises de cenários futuros econômicos, políticos, das profissões e pesquisa de cenário interno com corpo funcional, conselheiros e inspetores. Junta-se a isso a pesquisa de cenário externo com a sociedade, Entidades de Classe, Instituições de Ensino e empresas. “O resultado é um caldo de sugestões muito interessantes que permite traçar um plano para três anos”, conta Ritter.
“Após o levantamento, os dados são organizados e sistematizados pela equipe de planejamento do Conselho utilizando ferramentas de Balanced Scorecard (BSC) – metodologia de gestão estratégica. Os resultados são então desdobrados em iniciativas e metas, que são executadas por meio de métodos ágeis como skrum, design thinking, kamban, e outros, além de serem acompanhados mensalmente e ajustados anualmente”, explica o superintendente. O processo é realizado no Crea-PR há mais de 20 anos.
Segundo Ritter, é o Planejamento Estratégico que leva o Crea-PR a ser referência. “Isso não acontece por acaso. É, sim, fruto de metodologia de gestão e controle de processos”, explica o superintendente.
O processo de Planejamento Estratégico adotado pelo Crea-PR já foi até premiado, na 5ª Conferência Nacional dos Conselhos Profissionais, em 2021. A autarquia foi vencedora na categoria Planejamento Estratégico da premiação “Melhores Práticas Profissionais Aplicáveis aos Conselhos Profissionais”.
O novo presidente
Com ampla participação em Entidades de Classe e também em cargos políticos, Clodomir Ascari traz sua bagagem profissional a serviço do Conselho
Clodomir Ascari fica à frente do Crea-PR até 2026 e conta que sua gestão será focada em Comunicação e Tecnologia da Informação (TI). Ele é Engenheiro Agrônomo, especialista em Administração Rural, Agronegócio, Cooperativismo e Teologia. Foi gerente de planejamento e novos negócios em Cooperativa; presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Pato Branco (AEAPB); presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná (Feap); vice-presidente da Confederação das Federações de Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab); conselheiro, vice-presidente e diretor-administrativo do Crea-PR; presidente do Conselho do Meio Ambiente e do Conselho de Desenvolvimento Rural de Pato Branco; secretário de Agricultura e do Meio Ambiente em Pato Branco-PR.
Conheça mais sobre o novo presidente e suas propostas na entrevista a seguir:
Qual será a marca de sua gestão?
Comunicação bastante intensa e tecnologia da informação. Trabalhar forte com tudo que tiver de melhor no mercado para poder atender bem todos os nossos colegas e a sociedade. E, com isso, deixar como marca a eficiência, agilidade e modernidade. Também entregar para a comunidade uma maior visibilidade das profissões ligadas ao Crea-PR, que neste ano completa 90 anos de existência.
A participação dos profissionais das áreas da Engenharia, Agronomia e Geociências em questões que contribuam para o desenvolvimento e crescimento do País é fundamental? Como pretende ampliar essa participação para contribuir ainda mais com conhecimento técnico?
Trago da campanha um plano de trabalho com 38 propostas, em sua maioria, voltadas à sociedade. Destaco nossa Agenda Parlamentar e a Frente Parlamentar que será intensificada para que o Crea-PR esteja presente dentro da Assembleia Legislativa para apoiar com propostas técnicas os nossos deputados na elaboração de leis assertivas. E também o Governo do Estado que implantará as políticas públicas para que atendam à expectativa da população. Também trabalharei forte na criação de novos comitês e no fortalecimento dos que já temos. Vamos trabalhar de forma forte com o Comitê do Agro e o Comitê Empresarial e também vamos fazer um grande trabalho com a indústria e a educação. Temos todas essas frentes para trabalhar e estreitar mais esse relacionamento com estes setores e todos os demais.
Em que medida esta contribuição técnica valoriza também as profissões e os profissionais afetos ao Sistema Confea/Crea?
Estimamos que cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) do nosso Estado gire em torno das nove modalidades e 138 títulos profissionais abrigados no Crea-PR. Isto já mostra a importância destes quase 100 mil profissionais – 75 mil registrados no Paraná e 25 mil de fora que atuam aqui – e também as mais de 25 mil empresas do nosso Sistema. Temos uma bagagem técnica muito grande para contribuir. Os conselheiros, as coordenações de Câmara, os comitês, têm muito conhecimento para oferecer a todos os segmentos que envolvem as nossas profissões. Certamente de forma técnica vamos deixar uma marca muito forte aqui no Paraná. As decisões finais são políticas, mas o Crea-PR precisa estar no início e acompanhar o desenvolvimento das sugestões de projetos de lei para que toda a sociedade seja beneficiada ao final.
A base do Sistema são as Entidades de Classe. O senhor já atuou em Entidade de Classe. Poderia falar sobre esta experiência e como esta atuação pode ajudá-lo na condução do Conselho?
Eu falo com muita tranquilidade porque fui presidente da Associação de Engenheiros de Pato Branco e da Federação de Engenheiros Agrônomos do Paraná e para mim não existe Crea forte com Entidades de Classe fracas. Precisamos fortalecer e fazer um trabalho ainda mais intenso para que as Entidades de Classe consigam recursos dentro e fora do Sistema. Vejo como fundamental que os profissionais destas ECs estejam realmente envolvidos com as questões que permeiam as Entidades. E as ECs trabalhando forte a Agenda Parlamentar em suas regiões porque estamos em um ano de eleição municipal e é fundamental que elas participem desta movimentação porque, como dizia o slogan da minha campanha: o que a gente faz, faz a diferença. A ideia é ajudar com sugestões os prefeitos, para que eles as coloquem nos planos de governo. Nos quatro anos de mandato eles verão que será fácil licitar, desenvolver e executar porque estão tecnicamente embasadas. As ECs têm um poder e um papel muito maior do que imaginam: estão ali para representar e valorizar os profissionais, mas também para entregar o que tem de conhecimento técnico para que a qualidade de vida e a segurança das pessoas seja, cada vez mais, o ponto forte das gestões municipais.
E como pretende fortalecer ainda mais as Entidades de Classe?
Temos um papel fundamental do Departamento de Relações Institucionais (DRI) de disponibilizar treinamentos para que as ECs acessem os recursos que têm disponíveis no nosso Sistema e também fora, sempre com muita atenção na prestação de contas. Temos muitos recursos e queremos ampliar ainda mais e apoiar no que for preciso, para que elas cumpram com o papel de estar próximo de seus associados e da sociedade de forma regionalizada.
O Crea-PR está cada vez mais próximo das Instituições de Ensino e dos estudantes. Quais seus planos para que essa aproximação seja ainda mais efetiva?
Pretendo criar um grupo de estudo com a Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) para entender as demandas deste setor porque a origem do nosso Sistema está nas Instituições de Ensino (IEs). Pretendo, com isso, que os professores se sintam mais parte do Sistema para entenderem que o Conselho é deles também. Preciso que eles se conscientizem da sua importância dentro do Conselho como formadores de profissionais que vão atuar nas áreas tecnológicas e participarão do Crea-PR.
Com relação ao estudante precisamos avançar na residência técnica. É importante que o aluno vá para o mercado de trabalho e desenvolva a atividade ligada a sua profissão com alguma experiência. E a residência é o caminho para ele já ter convívio e troca de experiências entre a universidade e a empresa aprendendo mais sobre a realidade do dia a dia. Por outro lado, as empresas se beneficiam por receber um profissional mais preparado para o mercado, mais pronto. Ou seja, aquele período de adaptação na empresa será abreviado com uma boa residência técnica.
Também acredito ser necessário trabalhar forte dentro das universidades o empreendedorismo porque alguns profissionais têm o dom de serem empreendedores e grandes empresários e, assim, empregar outros colegas. É preciso ter essa visão de aumentar a quantidade de empresas para que esses profissionais saiam preparados para serem gestores de pessoas e terem seus negócios e isso pode começar nas IEs.
A tecnologia tem avançado de forma muito rápida. Quais suas ações para manter o Conselho mais atualizado em relação à tecnologia e desburocratização?
Eu fiz essa escolha de iniciar o meu trabalho atuando em todas as áreas, mas mais fortemente na tecnologia. Eu já estou nomeando uma pessoa para me assessorar na área de Tecnologia da Informação (TI). Esta pessoa terá o tempo dedicado exclusivamente para entender todo o processo interno do Crea-PR em todas as suas etapas, desde a parte administrativa de plenário, de Câmaras, a parte de fiscalização, enfim, ela ficará de olho no mercado externo para buscar ferramentas e para identificarmos onde devemos avançar. O trabalho será organizar toda a engenharia de computação para conseguirmos entrar na área de Inteligência Artificial (IA) para tornar o nosso Conselho, de fato, uma excelência. O resultado será oferecer para a sociedade ainda mais segurança no que diz respeito a tudo o que acontece dentro do nosso Crea-PR e isso vai ajudar na desburocratização. Acredito que logo nos primeiros meses já devemos ter ganhos neste sentido.
Seu plano de trabalho prevê “implantar os princípios de boas práticas de gestão ambiental, social e de governança – ESG”. Na prática, como isso deve acontecer?
Essas questões de boas práticas, gestão social, ambiental e de governança, os ESGs, devem ser tratadas de uma maneira especial e, para isso, conto com os comitês que já temos criados e outros que vamos criar, para que tenham como foco os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Até porque nós temos aí nos próximos anos alguns prazos do Pacto Global para cumprir. E é necessário avançar para que as nossas empresas estejam organizadas dentro das metas. Analisando os ODSs da Organização das Nações Unidas (ONU), 70% deles são impactados por profissionais do nosso Sistema. Temos que avançar nesta questão, porque se falharmos e os profissionais falharem, nossas empresas não ficarão em um nível adequado para fazer frente aos mercados internacionais. Precisamos ter essa consciência.
Hoje temos muito claro a questão de neutralização de carbono. Precisamos deixar que a teoria vire prática cada vez mais presente nas empresas. Também neste sentido uma das primeiras atividades que buscamos no Comitê do Agro é estabelecer a certificação das propriedades para que consigamos deixá-las preparadas para essa nova fase. Precisamos avaliar ponto a ponto onde tem impacto essas ESGs e também os ODSs e ficarmos presentes para mostrar o que é melhor para nossos parceiros, empresas e profissionais.
O Crea-PR pode e deve se manifestar de forma clara em questões que envolvam as Engenharias, Agronomia e Geociências que são debatidas nas diversas esferas. Como tornar estes posicionamentos ainda mais respeitados e fazer do Conselho uma referência e presença certa nas grandes decisões do Estado?
Com a Frente Parlamentar já temos uma experiência da importância do nosso Sistema estar presente nas decisões da Assembleia porque lá são criadas as leis que serão a base para implementação das políticas públicas do Paraná. Queremos seguir com este trabalho e defender a contribuição técnica para entregar o nosso conhecimento em defesa das sociedade.
Gestão da Mútua
O Engenheiro Eletricista e Advogado Edson Luiz Dalla Vecchia é o novo Diretor Geral da Mútua-PR. Para a gestão 2024 a 2026 assumiu como Diretor Financeiro o Engenheiro Civil Nilton Batista Prado e como Diretor Administrativo o Engenheiro Agrimensor, Civil e de Segurança do Trabalho, Ronald Peixoto Drabik.
Em trabalho conjunto irão estar à frente da Mútua-PR, Caixa de Assistência dos Profissionais do Crea-PR, que atende os funcionários e profissionais registrados do Sistema Confea/Crea com planos de benefícios sociais, previdenciários e assistenciais.
Confira, a seguir, entrevista com o Diretor Geral Edson Luiz Dalla Vecchia:
Qual é a marca que pretende deixar em sua gestão frente à Mútua-PR? O que os profissionais podem esperar?
O intuito é dar continuidade às boas práticas e procedimentos que vêm dando certo, funcionando a contento e com bons resultados e ainda, fazer alguns ajustes e melhorias, principalmente naqueles que, porventura, não estejam alcançando boa aprovação. A ideia é alterar alguns destes com a finalidade de melhorar e agilizar o atendimento aos nossos associados.
Já foi realizada a fase de transição? Como foi esse processo?
Sim, fizemos uma reunião de transição durante um dia todo com a Diretoria que estava finalizando seu mandato quando então nos foram fornecidos vários dados e informações, tanto na esfera financeira como na administrativa. O processo foi tranquilo, com uma cordialidade ímpar, pois afinal, somos todos parte do mesmo Sistema Profissional, com conhecimento já de longa data entre todos e, portanto, sem nenhum tipo de animosidade.
Quais as primeiras ações?
Estamos recebendo outras e mais detalhadas informações do nosso corpo funcional para que então possamos alinhar as nossas intenções e focar nas melhorias mais urgentes em função de eventuais problemas ou dificuldades que detectarmos nesta fase inicial. O fato é que, desde o período eleitoral, em nossas viagens pelo Paraná todo, falávamos muito em verificar e tentar regularizar a situação do grande número de inadimplentes com suas anuidades da Mútua, além de, com base nos contatos mantidos com os profissionais das variadas regiões do nosso Estado, dar maior agilidade no atendimento aos pleitos dos mutualistas quando das suas buscas de benefícios junto à nossa Caixa de Assistência aos Profissionais.
Considerando o universo de profissionais afetos ao Sistema Confea/Crea e Mútua existe uma oportunidade de expansão no número de sócios? Quais ações estão previstas neste sentido? E já foi ou será estipulada uma meta?
Já estamos trabalhando em estratégias e programas de interiorização da nossa Mútua-PR, sempre pensando em dar uma maior visibilidade, oportunizando aos profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências que conheçam a Mútua-PR e, assim, despertem o interesse por estarem filiados, afinal, basta ter um tempinho para conhecerem a Mútua e assim a decisão estará bem encaminhada para se tornarem mutuários.
Vamos realizar reuniões regionalizadas da Mútua pelo interior do Estado, e em determinada cidade polo, pensamos em reunir as ECs, IEs, possíveis novos parceiros em convênios, como é o caso de Cooperativas Agroindustriais, para então apresentarmos a Mútua e seus benefícios e nestas oportunidades, após ampla e completa apresentação de todo o nosso portfólio de benefícios e vantagens, fazermos novas filiações e convênios.
Como meta de crescimento, queremos atingir neste primeiro ano de trabalho algo em torno de 20% no número de associados, além de viabilizar um aumento na liberação de benefícios a serem entregues aos nossos mutualistas, dentro dos trâmites legais e do nosso orçamento para o ano. Algo a ser trabalhado também será reconquistar os inadimplentes com suas anuidades, cujo número não é pequeno e queremos voltar a contar como nossos contribuintes e com seus direitos todos restabelecidos a partir de renegociações a serem tratadas individualmente.
Existe também uma necessidade dos serviços da Mútua atenderem mais profissionais de cidades do interior do Estado? Será feito algum trabalho neste sentido?
A intenção deste nosso crescimento, especialmente em número de profissionais associados, estará sim voltada para termos mais profissionais das cidades do interior. Percebe-se que na capital e nas cinco maiores cidades do Estado temos um bom volume de profissionais filiados, o que nos faz voltar os olhos para as cidades menores, onde estão instaladas expressivo número de ECs menores, mas de extrema importância para a sociedade de um modo geral.
Já determinamos que seja efetuado contato com todas as nossas ECs, hoje em torno de 101, para que nos passem seus calendários de reuniões e festividades pretendidas para nos organizarmos e nos fazer presentes, dentro do possível, com um stand ou um quiosque da Mútua para melhor e maior divulgação e proximidade com os profissionais.
Também, em reunião com o novo presidente do Crea-PR solicitamos o calendário de eventos e encontros programados a fim de que, dentro de possibilidades e do nosso calendário, possamos estar juntos, especialmente nos encontros regionais, de governança e reuniões de Inspetorias.
Na busca de maior autonomia, como isso será feito na prática? Já existem ações previstas?
Um dos problemas que já sabíamos era de que as Mútuas Regionais (dos Estados), dependem em quase tudo da Mútua Nacional/Brasília. No mês de janeiro comparecemos, em Brasília, convocados pela Mútua Nacional, de uma interação entre as 27 Regionais e a Nacional.
Participamos e levantamos não só este tipo de problema, mas também outros que já vimos discutindo num grupo com todos os diretores regionais (novos e os reeleitos), a necessidade de termos autonomia maior para decisões corriqueiras, uma vez que estamos junto aos profissionais aqui na base e somos cobrados muitas vezes pela demora em se ter a definição de algo, simples até, que tenha sido solicitado porque a tramitação interna é mais lenta com a necessidade de passar pela Direx, que fica em Brasília.
A tecnologia tem avançado muito e, neste sentido a desburocratização e facilitação de acesso são cada vez mais necessários. Quais os planos para tornar a Mútua-PR ainda mais inovadora?
O sistema operacional, programas, aplicativos, relatórios, entre outros, vem da central em Brasília e esse é um dos gargalos para morosidade nos trabalhos internos e diários. Vamos reivindicar que o sistema operacional, da Mútua Nacional e, por consequência, das Caixas Regionais, seja melhorado, ou, alternativamente seja liberado e delegado para as Regionais, para que possam melhorar. O fato é que está defasado com falta de ferramentas mais eficientes que existem hoje no mercado.
Um exemplo a ser citado seria um sistema que auxilie na análise de crédito dos associados, agilizando e diminuindo o tempo gasto na concessão desses benefícios reembolsáveis que hoje são feitos de forma manual.
Engenheiro Civil Nilton Batista Prado – diretoria financeira
Quais as primeiras ações frente a diretoria financeira da Mútua-PR?
As primeiras ações foram tomar conhecimento do que realmente acontece e já identificamos a necessidade de aumentar o número de funcionários e pleitear, junto à Brasília, nossas demandas aqui do Paraná.
Entre todas as propostas do plano de trabalho, o que considera mais urgente e importante de ser implantado?
Vejo urgência em aumentar o número de associados e já estamos estabelecendo ações para isso, aumentar o número de funcionários para que possamos cumprir com os planos e com o que vem de Brasília. Tivemos um aporte de associados sem mudança no número de funcionários que estão trabalhando além de suas possibilidades. Acredito que a contratação é urgente, para atender de forma adequada os associados.
Qual será o maior desafio?
O maior desafio será convencer a Diretoria Nacional da Mútua das nossas reais necessidades e, se formos atendidos, tenho certeza que vamos conseguir aumentar em mais 2 mil a 2,5 mil associados nestes três anos que estaremos à frente da Mútua-PR. Faremos todo o esforço possível para atender os associados a contento e para que vejam nossas propostas de campanha serem implementadas na prática.
Mais representatividade
Engenheiros Florestais agora tem sua própria Câmara Especializada no Crea-PR
Desde o dia 23 de janeiro, o Crea-PR conta com a recém-criada Câmara Especializada de Engenharia Florestal. “A Câmara é um anseio antigo da classe. Desde 2017, quando foi feita a primeira tentativa de criação, a articulação para a viabilidade da Câmara foi intensa”, explica o Engenheiro Florestal Eleandro Brun, coordenador eleito da Câmara.
Segundo ele, a Câmara não se viabilizou na época por falta de conselheiros para garantir sua sustentabilidade. “Pela Lei, cada uma das sete Câmaras do Conselho precisa ter, no mínimo, três conselheiros representantes. Conscientes disso, nosso trabalho foi para fomentar novas Entidades de Classe (ECs) da área”, conta Brum.
“O Paraná tem a mais antiga entidade de representação dos Engenheiros Florestais do Brasil – a Associação Paranaense de Engenheiros Florestais (APEF). Outras duas são antigas, a Associação de Engenheiros Florestais de Irati e a Associação dos Engenheiros Florestais do Sudoeste e Oeste do Paraná. De 2019 para cá, mais duas foram criadas: a Associação Sul Paranaense de Engenheiros Florestais e a Associação do Norte Pioneiro de Engenheiros Florestais”, contabiliza Brun, afirmando que essa representatividade é que viabilizou a Câmara.
Com este trabalho feito na base, foi solicitado no mês de julho do ano passado a criação. “Inclusive o ofício foi datado de 12 de julho de 2023, uma data expressiva, porque é quando se comemora o Dia do Engenheiro Florestal. O ofício foi analisado e aprovado em plenário no Crea-PR em agosto”, lembra Brum. Na época, presidia o Crea-PR o Engenheiro Civil Ricardo Rocha.
“Vi com muita honra e alegria e até emoção a criação da Câmara porque acompanhei todo o trabalho feito para a viabilização. Foi um processo de longo prazo e com intensa articulação com conselheiros e com a Câmara Especializada de Agronomia, da qual os profissionais da área faziam parte, e que teve resultado positivo e agora os Engenheiros Florestais do Paraná contam com este grande avanço”, afirma o ex-presidente do Crea-PR.
Benefícios
O coordenador da Câmara fala sobre as vantagens aos profissionais e à sociedade. “Estamos cientes de que os profissionais têm grandes expectativas em relação à atividade principal do Conselho. O Paraná é um dos principais produtores de madeiras de florestas do Brasil (veja dados na página ao lado) e produtos florestais não madeireiros – pinhão e erva-mate, mas, por outro lado, não tem alta empregabilidade dos profissionais da área, principalmente em pequenas e médias empresas, situação que merece atenção. Também vamos trabalhar em problemas como a falta de registro, falta de profissionais e casos de atividades estranhas com profissionais de outras áreas atuando na área, o que precisa ser avaliado sob a luz da atribuição técnica”, evidencia Brum.
Entre as metas estão garantir mais espaço e participar de discussões estaduais e nacionais, além de aumentar a interlocução na área de atuação. “A soma destas ações trará como resultado um trabalho mais seguro e qualificado.”
O Conselho também se beneficia à medida que conta com mais representação. “Antigamente, ligados à Câmara de Agronomia, quando o assunto era afeto às duas áreas, ia apenas um representante. Agora, podem participar dois representantes, um da Agronomia e um Engenheiro Florestal, o que amplia a interação do Sistema com a sociedade”, afirma Brum.
A criação da nova Câmara foi assinada pelo presidente do Crea-PR, Engenheiro Agrônomo Clodomir Ascari.
Setor Florestal no Paraná
Dados mostram a importância do setor que é referência
1.177.596,34 hectares de florestas plantadas
57% do volume de Pinus produzido no Brasil
220 mil hectares é o crescimento previsto até 2030
5.680 empresas
100 mil empregos
>> produtos florestais representam 5% do Volume Bruto de Produção Agropecuária (VBP estadual) – total de R$ 9,4 bilhões
>> 29,2% ligadas a atividades de fabricação de móveis, que utilizam madeira serrada de aproximadamente 1.610 empresas de desdobramento
(Fonte: Departamento de Florestas Plantadas (Deflop), da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento do Paraná)
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