Desafios da Formação Acadêmica
Engenharia desperta atenção, mas primeiro desafio é a escolha da Universidade
Formar engenheiros com visão multidisciplinar, sistêmica e empreendedora, que reúnam habilidades técnicas e sociais, e em sintonia com as necessidades da economia e da sociedade. Esse é um dos desafios que o Brasil tem no campo educacional das Engenharias, Agronomia e Geociências.
Docentes e profissionais são unânimes em afirmar que mesmo nas Universidades de excelência, há espaço para melhorias. “A Universidade e os cursos de Engenharia vão precisar se reinventar, até para acompanhar o desenvolvimento da sociedade”, aponta Lígia Francovig Rachid, professora do curso de Engenharia Civil da Unioeste e da Faculdade Assis Gurgacz, e atual coordenadora da Comissão de Educação e Atribuição Profissional do Crea-PR.
“Aula prática é essencial para consolidar o aprendizado. Somente com habilidades se concretizam as competências.” – Eng. Agr. Amarildo Pasini
COMO ESCOLHER UMA BOA INSTITUIÇÃO DE ENSINO?
Uma boa Universidade prepara para o mercado profissional
- Verifique se tem reconhecimento pelo MEC (Ministério da Educação)
- Verifique se a instituição (e curso) é registrada no Conselho Profissional da área escolhida
- Busque informações sobre o curso
- Avalie a grade curricular e Plano Pedagógico
- Avalie a forma de ensino e se o modelo conta com interações presenciais e práticas
- Verifique a qualificação do corpo docente e infraestrutura de laboratórios
Desenvolvimento das aptidões
A engenheira civil Lia Yamamoto, coordenadora do curso de Engenharia Civil da UFPR, alerta que os estudantes devem buscar constante atualização nas tecnologias e inovações. “É preciso desenvolver uma visão global do mercado de trabalho e das possibilidades de atuação”, diz.
Para o engenheiro civil Leandro Vanalli, professor da UEM (Universidade Estadual de Maringá) e coorde- nador do Colégio de Instituições de Ensino do Crea-PR, os futuros engenheiros devem integrar equipes multidisciplinares. “Isso vai exigir habilidades para o trabalho em equipe, com conhecimentos com- plementares que permitam uma adequada base cultural e social, além da base técnica, respeitando as outras profissões e sabendo que cada um contribui de acordo com seu conhecimento e experiência”.
Para Lígia Francovig Rachid, professora do curso de Engenharia Civil da Unioeste e da Faculdade Assis Gurgacz,“esses profissionais também precisam focar nas demandas que a sociedade espera: trabalhar com redução de prazos ou garantir seu cumprimento e focar na redução de custos. Junto com as ap- tidões técnicas e sociais, esses são desafios que precisam ser enfrentados”.
EDUCAÇÃO É VIA DE MÃO-DUPLA
Estudante precisa se empenhar em busca de capacitação
Engenheiro agrônomo e docente da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Amarildo Pasini reforça que a aula prática é essencial para consolidar o aprendizado, assim como a busca por estágios e intercâmbios. “O estudante não deve pensar somente em fronteiras regionais ou nacionais dentro da Engenharia. Basta ver a evolução da Agronomia em âmbito internacional, com novas tecnologias, máquinas e equipamentos. São avanços muito consistentes, encurtando as distâncias e tornando os processos mais rápidos e eficientes”.
Nesse cenário, enfatiza Pasini, “cabe à Universidade e seus docentes acompanhar, disponibilizar ou mesmo apresentar essas mudanças para os futuros profissionais. Em contrapartida, cabe ao estudante colaborar com esse processo de forma dinâmica e com senso crítico”.
Lia Yamamoto, da UFPR, pondera ainda que um dos desafios dos novos alunos de Engenharia é “adaptar-se à Universidade”. “Isso engloba o entendimento sobre seu funcionamento, a quantidade de informação e conteúdo e a necessidade de empenho do próprio aluno. Outro desafio é aliar a teoria com a prática”.
ATENÇÃO
O debate quanto à qualidade do ensino no Brasil levanta discussões sobre a forma de desenvolvimento das disciplinas (presencial: prática/teórica/laboratório; EAD; remota/híbrida). É claro que a pandemia exigiu novas formas e metodologias de ensino, mas é preciso que o aluno avalie com cuidado os prós e contras de cada modelo, a classificação no Enade e nos rankings de Instituições de Ensino Superior, além do reconhecimento do diploma.
“O ideal é que a Instituição de Ensino Superior seja reconhecida no meio acadêmico e perante o mercado de trabalho”, reforça o professor Pasini.
Deixe seu comentário
Cidades inteligentes
Crea-PR anuncia oportunidades de captação de recursos para 2025
A vez delas na liderança
Termo de cooperação: TJPR e Crea-PR firmam troca de informações
Mais que Energia: investimentos impulsionam o desenvolvimento do Paraná
Planejamento Estratégico do Crea-PR: um ano de conquistas e avanços
Parceria inovadora entre CreaJr-PR e Mútua Jr traz benefícios aos estudantes
Rastreabilidade na mira
Rastreabilidade vegetal
Blockchains: a evolução da rastreabilidade na área mecânica
VER Matérias Revista Crea-PR