Cidades inteligentes
Como a inovação está ajudando municípios a serem mais inteligentes em gestão e para sua população
O tema Cidades Inteligentes não é novo. Está cada vez mais conhecido pela população que, inclusive, já percebe na prática os seus benefícios nas cidades que adotam a inovação e a tecnologia como aliadas. Um exemplo nesta questão é Curitiba.
A capital vem colecionando prêmios e foi agraciada com três principais condecorações internacionais voltadas ao reconhecimento de Cidades Inteligentes: cidade mais inteligente do mundo, pelo World Smart City Awards, prêmio concedido pela Fira Barcelona, na Espanha. Pelo Seoul Smart City Prize e também como Comunidade Mais Inteligente de 2024 pelo ICF.
“É uma honra porque estamos concorrendo com grandes cidades inteligentes de todo o mundo e percebemos que Curitiba já é conhecida seja por seu planejamento urbano, sistema de transporte, ou pelas ações de cidade ecológica”, conta o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão. É papel da agência fazer a curadoria, inscrição e apresentar os dados para participação nos prêmios.
Mas o mais importante, destaca Dario Paixão, é que a população perceba os benefícios destas premiações. “O resultado tem de ser percebido pela população com reflexos na melhoria da qualidade de vida porque este é o objetivo final.”
“É uma honra porque estamos concorrendo com grandes cidades inteligentes de todo o mundo e percebemos que Curitiba já é conhecida seja por seu planejamento urbano, sistema de transporte, ou pelas ações de cidade ecológica” – presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão.
Outro resultado prático dos prêmios é a atração de investimentos, de empresas e de talentos, além do impacto positivo no turismo. “São vários benefícios que vão muito além das estatuetas e do reconhecimento”, avalia o presidente da Agência Curitiba.
E o trabalho não pode parar para se manter e avançar no status conquistado. Paixão frisa que os resultados vêm do trabalho de todas as secretarias e do governo municipal de forma geral.
Um dos destaques é o Vale do Pinhão que tem por objetivo promover ações para que a cidade seja inteligente e promova desenvolvimento econômico com qualidade de vida e eficiência nas operações urbanas. Por meio de cinco pilares – reurbanização e desenvolvimento; educação e empreendedorismo; fomento fiscal; tecnologia e integração e articulação – busca fortalecer e potencializar o ambiente de inovação.
Para Paixão, Curitiba tem uma história que contribui para todo o reconhecimento atual. “Nós tivemos vários governantes com visão urbanística, abrigamos a primeira universidade do País e somos uma comunidade multicultural que valoriza suas raízes étnicas. Tudo isso é importante para a inovação que se alimenta dessa diversidade. Uma sociedade só inova quando se sente livre para exercer a criatividade.”
Caximba
Uma ação que se destaca em Curitiba é a intervenção socioambiental realizada no Caximba. No lugar do antigo aterro foi instalada uma usina solar com quase 8,6 mil painéis. A Pirâmide Solar do Caximba é a primeira usina solar em aterro sanitário da América Latina.e faz parte do programa Curitiba Mais Energia, uma das estratégias da cidade para combater e mitigar as mudanças climáticas, por meio da produção de energia renovável, o que também resulta em economia aos cofres públicos.
O entorno também recebe melhorias. A região começou a ser ocupada de forma irregular há 12 anos, com a construção de habitações clandestinas sobre áreas de alagamento de uma das maiores bacias hidrográficas do Paraná. As cavas de controle de cheia dos rios foram soterradas com entulho e resíduos da construção civil, dando lugar a casas precárias em beira de rio, onde não é possível promover a urbanização e atender com saneamento básico e serviços públicos.
Para resolver a questão será instalado lá o primeiro bairro inteligente do Brasil. O objetivo é interromper o processo de degradação ambiental e promover a transformação urbana e humana da comunidade local. Famílias que se estabeleceram irregularmente em áreas insalubres e em situação de risco serão retiradas e realocadas para moradias em boas condições. Além disso, terão acesso à capacitação profissional. O projeto está em andamento.
Assaí entre as sete cidades inteligentes do mundo
Pequenos municípios também podem pleitear e receber reconhecimento e prêmios com ações para cidades inteligentes
Os prêmios e reconhecimento de cidades inteligentes não se limitam só a capitais e grandes metrópoles. Um exemplo disso é a cidade de Assaí (PR). Com apenas 15 mil habitantes conquistou recentemente o título de uma das sete cidades mais inteligentes do mundo pelo Intelligent Community Forum (ICF).
Anteriormente já havia sido eleita como uma das 21 comunidades mais inteligentes do mundo pelo ranking Smart21 do Fórum de Comunidades Inteligentes do Canadá (IFC), ao lado de Curitiba e Ponta Grossa.
Uma das metas de Assaí é utilizar um modelo colaborativo que aproxima o setor privado, setor público e universidades, para se tornar a primeira cidade-laboratório do Brasil, sendo referência para testes em escala de novas tecnologias.
As ações vão desde a educação básica até o primeiro emprego e incluem ensino bilíngue, aulas de programação, design e empreendedorismo e tem como norte uma política de retenção de talentos, focada em agregar valor para o cidadão e para a iniciativa privada.
Biopark – ação da iniciativa privada
A iniciativa privada também pode (e deve) auxiliar nas ações de inovação
Nesta matéria começamos enaltecendo as ações dos poderes públicos em relação às cidades inteligentes, mas a iniciativa privada também tem um papel fundamental. Exemplo disso é o Biopark, que fica em Toledo (PR).
Uma iniciativa 100% privada dos empreendedores Carmen e Luiz Donaduzzi, fundadores de um grupo empresarial liderado pela indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi, produtora de doses de medicamentos genéricos. No Biopark, é investido no desenvolvimento de empresas e pessoas. Atualmente estão incubadas 18 empreendimentos, 168 empresas nacionais e quatro internacionais participantes.
O Ecossistema de inovação criado pelo Biopark integra educação de excelência, empreendedorismo, inovação e oportunidades de negócios. Com o objetivo de atingir população de 75 mil pessoas e gerar mais de 30 mil postos de trabalho.
“A intenção é promover o debate relativo ao conceito de cidades inteligentes nestes fóruns” – eng. agr. Eduardo Ramires
Deixe seu comentário
Termo de cooperação: TJPR e Crea-PR firmam troca de informações
Mais que Energia: investimentos impulsionam o desenvolvimento do Paraná
Planejamento Estratégico do Crea-PR: um ano de conquistas e avanços
Parceria inovadora entre CreaJr-PR e Mútua Jr traz benefícios aos estudantes
Rastreabilidade na mira
Rastreabilidade vegetal
Blockchains: a evolução da rastreabilidade na área mecânica
Ações impulsionam qualidade de vida e turismo nas praias paranaenses
Pavimentação em concreto: feito para durar
Agenda Parlamentar: minuta contribui com PLs para compartilhamento de postes
VER Matérias Revista Crea-PR