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Área de Avaliações e Perícias é um campo para ser explorado

Publicado em 11 de junho de 2021

Você conhece o trabalho destes profissionais? Veja como ingressar neste segmento

Uma das inúmeras áreas de atuação dos profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências é a de Avaliações e Perícias. De acordo com a engenheira civil Vera Regina Fiori Dias, conselheira do Crea-PR e coordenadora da Comissão de Avaliação e Perícia, a Engenharia oferece muitas oportunidades, indiferente da formação. “A perícia é instigante, pois é investigativa e nada monótona”, afirma Vera, que define a perícia como expertise, maestria, proficiência. A atuação destes profissionais alcança áreas que vão desde os mercados imobiliário e financeiro, até a consolidação patrimonial das empresas, passando pelas arbitragens e diversos outros setores da economia.

Recentemente, decisões favoráveis, e de acordo com as atribuições da Engenharia, vieram de Tribunais de Justiça de diversas regiões do país em processos que envolvem avaliação de bens. Em decisão mais recente, de dezembro de 2019, o texto final baseia-se na NBR 14653-1 da ABNT, que determina os procedimentos gerais para a avaliação de bens, entre eles imóveis rurais e urbanos.

O presidente do Crea-PR, engenheiro civil Ricardo Rocha, aponta que o Conselho tem atuado para reforçar as decisões que atestam as atribuições de engenheiros, agrônomos e geocientistas. “O Sistema Confea/Crea tem trabalhado de forma conjunta”, conta Rocha, que reforça a estrutura do Crea-PR para apoiar profissões. “No caso de Avaliação e Perícia, temos uma Comissão que discute assuntos e dá suporte à estrutura executiva para ações de defesa das atribuições dos engenheiros nessa área. Também oferecemos suporte com recursos destinados para as Entidades de Classe e eventos que tratam de esclarecer a sociedade. Outra forma de atuação é a rede de comunicação,que apresenta para as pessoas a informação adequada sobre a atuação dos nossos profissionais. E oferecemos, ainda, suporte da estrutura em questões administrativas e jurídicas”, finaliza Rocha.

Estudo e aperfeiçoamento

Na área de Avaliações e Perícias estudar e se aperfeiçoar é uma regra. Isso porque as novidades não param e a tecnologia se tornou forte aliada na atuação destes profissionais. Hoje há diversos softwares que auxiliam nos cálculos, representação gráfica, além dos equipamentos que permitem chegar a lugares até então inacessíveis, como os drones. Hoje eles são utilizados tanto em inspeções de grandes complexos industriais como no campo, acoplados com câmeras, inclusive as termográficas. Há, ainda, equipamentos como o laser scanner, boroscópio, trena a laser de alto alcance, entre outros.

“Apesar dos avanços em tecnologia ainda falta o entendimento da sociedade de que a Engenharia de Avaliações e a Perícia de Engenharia são importantes e, em muitos casos, fundamentais para resolução de conflitos e tomada de decisões. Mas estamos evoluindo, há muitos profissionais empenhados para que isto aconteça, contando com o apoio do presidente do Crea-PR, Ricardo”, conta Vera.

Para ser um perito, a única exigência é que o profissional tenha concluído a graduação no Ensino Superior. Cada um na sua área específica. O primeiro passo é se inscrever no CAJU (Cadastro de Auxiliares da Justiça), ter uma boa experiência na área, atuar até o limite de seus conhecimentos e dentro de suas atribuições.Outro caminho é o cadastramento nas entidades que representam os profissionais do setor: Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharias (Ibape) e a Associação Brasileira dos Peritos Judiciais (Abrapej), que contempla os peritos judiciais de todas as áreas, não apenas os da engenharia. Uma terceira alternativa é ficar atento aos concursos e editais abertos para a contratação destes profissionais, que sempre estão presentes em grandes empresas, como bancos e instituições públicas.

“O mundo evolui o tempo todo e não há como prever como será o futuro. O importante é ter em mente que não podemos parar de estudar, de nos aperfeiçoarmos, de pesquisar e, enfim não temer novas tecnologias”, finaliza Vera.

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