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Construção Civil se destaca na pandemia

Publicado em 11 de junho de 2021

Pesquisa aponta que profissionais das Engenharias e Geociências ocuparam 3º lugar no ranking nacional em 2020

No Brasil, a construção civil é considerada o “termômetro da economia”. São 13 milhões de pessoas trabalhando na cadeia, segundo estimativas e, quando o setor começa a ter resultados positivos, é sinal de que o país está retomando o crescimento. Apesar das incertezas, o mercado de incorporação imobiliária foi um dos poucos setores que manteve o ritmo de produção, vendas e resultados positivos. Os últimos dados divulgados pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), apontam que nos primeiros nove meses de 2020 as vendas de imóveis novos tiveram um aumento de 8,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior. E a perspectiva para 2021 é de mais crescimento.

“A construção civil movimenta os mercados de equipamentos, ferramentas, materiais, de projetos e serviços. Esta diversidade é ampla na indústria e comércio. Tem um impacto direto do PIB do país”, avalia o coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Civil – CEEC, Engenheiro Civil Dante Alves Medeiros Filho.

Para o Diretor do Sinduscon-Pr/Noroeste, Engenheiro Civil Álvaro Pereira da Silva, a iniciativa mais importante para o setor foi o decreto do governo federal que colocou a Construção Civil como atividade essencial durante a pandemia. “Nossa atividade se desenvolve em local aberto, bem ventilado, seguro, sem aglomeração e a entrada de pessoas estranhas é proibida, além de empregar um grande número trabalhadores”, afirma o diretor.

Uma pesquisa do Sistema Confea/Crea aponta que os profissionais paranaenses de Engenharia e Geociências ocuparam o 3º lugar no ranking nacional entre os que mais trabalharam durante o primeiro semestre de 2020, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais. O comparativo é com o mesmo período de 2019. O número das atividades profissionais registradas no Conselho, por meio das Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), entre 1º de janeiro e 30 de junho de 2020 mostra que foram mais de 200 mil ARTs, resultando em 3.801 ARTs a mais que 2019, um crescimento de quase 2%. “Neste período de pandemia contatamos vários setores da construção civil. Nestes encontros foi comum a sensação, mais tarde comprovada com dados, de que, apesar da pandemia, houve manutenção dos postos de trabalho, número de empreendimentos e, em alguns momentos, aumento do número de ARTs”, conta Medeiros Filho.

Somado a isso, as engenharias atuaram com uma série de projetos e soluções capazes de melhorar a vida das pessoas. Um bom exemplo foram as manutenções odonto-médico-hospitalares realizadas por Engenheiros Mecânicos e Eletricistas em todo o estado. Outra ação foi a coordenação dos trabalhos de sanitização em Apucarana e região.

Segurança no trabalho

Apesar do ritmo intenso de trabalho, o Crea-PR, por meio da Câmara Especializada de Engenharia Civil, faz um alerta aos profissionais da Engenharia Civil para que, além de se proteger, redobrem os cuidados com os locais de trabalho, exigindo dos demais trabalhadores a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados pelas normas, e reforcem a importância do uso de máscaras. Na região Sudoeste, por exemplo, além dos cuidados para prevenir o contágio da Covid-19, os Engenheiros se organizaram para produzir e distribuir uma cartilha com orientações para apoiar o setor. A ação aconteceu por meio da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Sudoeste (Sudenge), com sede em Francisco Beltrão e o principal objetivo é contribuir com aqueles que planejam iniciar obras.

“O Crea como entidade profissional das engenharias, tem seu papel importante na divulgação de protocolos a serem implementados pelos profissionais e, indiretamente, pelas empresas para o desenvolvimento de suas atividades com segurança a seus trabalhadores e à sociedade, de  forma que a divulgação e aplicação de boas práticas em nossos canteiros e escritórios não afetem, ou interrompam nossos empreendimentos, o que causaria grandes prejuízos à economia no setor”, finaliza Álvaro da Silva.

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