Zona rural tecnológica e conectada
A tecnologia e a internet têm permitido uma evolução na agropecuária brasileira
O que temos no Brasil hoje é o resultado de um processo cumulativo de evolução e inovação ao longo de mais de um século, não só no maquinário agrícola, mas na ampliação de conectividade nas zonas rurais com a expansão da Internet no interior do país.
Para Reginaldo Minaré, diretor técnico-adjunto da Confederação Nacional de Agricultura (CNA), um exemplo é a evolução das plantadeiras utilizadas no plantio direto na palha, método que colocou a agricultura brasileira em outro patamar no ranking da preservação do solo e sustentabilidade, é uma história de sucesso. “Além disso, tratores, colheitadeiras, equipamentos de irrigação, resfriadores de leite e ordenhadeiras mecânicas também são exemplos de máquinas que fazem parte da paisagem rural brasileira e são fundamentais para a produção agropecuária, e a cada dia chegam mais modernas ao campo”, reforça o especialista.
O CAMPO CONECTADO
A Internet se tornou uma ferramenta fundamental para diversos aspectos das atividades empresariais e sociais no meio urbano, e para a zona rural não é diferente. Dados do Censo Agro 2017, do IBGE, mostraram que na época 72% das propriedades rurais do país (3,6 milhões) estavam off-line, ou sem conexão com a Internet. Mas essa realidade está mudando.
“Ter a possibilidade de, estando no campo, construir e administrar uma página na Internet para participar do comércio digital é formidável para o agricultor que quer agregar valor à produção e vender seus produtos diretamente aos consumidores.”
“Ter conectividade para o uso de pagamento eletrônico é muito importante para a venda de produtos na fazenda e para a atividade de turismo rural. Poder receber assistência técnica on-line ou fazer algum curso profissionalizante na fazenda é importante. Ter a possibilidade de, estando no campo, construir e administrar uma página na Internet para participar do comércio digital é formidável para o agricultor que quer agregar valor à produção e vender seus produtos diretamente aos consumidores”, explica Reginaldo.
A conectividade proporciona uma comunicação rápida com a força de segurança local, o que pode ajudar no combate à criminalidade no campo. Permite o acesso a diversos serviços sem que o agricultor precise sair de sua propriedade e se dirigir ao centro urbano, como, por exemplo, a telemedicina. Esse avanço representa também um conforto para as famílias residentes no campo.
Além disso, a agricultura 4.0 precisa da Internet, Internet das Coisas, Big Data, Internet móvel, tecnologia de computação em nuvem, máquinas e equipamentos agrícolas conectados. No mundo da agricultura 4.0, temos que colocar o satélite na cesta de máquinas e equipamentos agrícolas.
Clodomir Luiz Ascari, vice-presidente do Crea-PR, presidente da Federação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná e secretário de Agricultura do município de Pato Branco, em busca de um campo mais conectado, conta que até 2020 conseguiu implantar 50 pontos de conectividade no interior do estado por meio de roteadores de Internet, possibilitando sinal liberado para todas as pessoas que moram e circulam no interior (a passeio, turismo ou negócios). Além disso, postos de saúde e escolas rurais também estão conectadas. E as câmeras de segurança já estão em fase de implantação, monitorando o trânsito nas vias rurais pela Polícia Militar.
“Dentro dessa rede, também foram implementadas seis estações meteorológicas, conectadas com a UTFPR de Pato Branco, para registrar a temperatura, direção do vento, umidade do ar e previsão do tempo. Com isso, tanto agricultores como comunidade acumulam informações em tempo real e usam os dados para pesquisas e monitoramento de pragas, por exemplo. Isso acelera o processo de tomadas de decisões para colheita, plantio, entre outros assuntos da rotina do produtor rural”, afirma Clodomir.
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