Agronomia muito além do campo
Do passado para o futuro

Considerada uma das profissões mais importantes para o futuro, a Agronomia é, também, uma ciência antiga. Para a conselheira suplente e coordenadora do curso de Agronomia da FAGag (Centro Universitário Fundação Assis Gurgacz), Ana Paula M. Mourão Simonetti, a agronomia é uma profissão do passado, do presente e do futuro. “Do passado porque a sociedade passou a se fixar quando começaram os cultivos. Do presente, porque um dos assuntos mais importantes no Brasil e no mundo é a qualidade e quantidade de alimentos. Nem todos os países possuem a capacidade de produção que temos no Brasil, mas precisam continuar a alimentar a população. E esse alimento vem do campo. E do futuro porque cada dia mais, o homem estará preocupado com a qualidade do alimento e com a sustentabilidade”, avalia Ana Paula.
Hoje existem dois tipos de formação na área de agrícola: o curso técnico e o superior, com diferença bem grande entre os dois.
- Maturidade: enquanto o profissional de nível técnico é bem mais jovem, o de nível superior tem outra maturidade e outra vivência.
- Prática: os cursos técnicos têm uma formação mais prática, com poucas atividades. Já o curso superior, consegue explicar os motivos de cada prática aplicada no campo de trabalho.
- Aplicação de conhecimento: o engenheiro agrônomo consegue ter uma base maior de conhecimento para aplicar novas tecnologias, manejos, concepções para solucionar novos problemas.
- Carga horária: os profissionais de nível superior têm 3.660 horas de estudo, o que significa um aprofundamento bem maior que o nível médio.
- Conhecimento: o conhecimento do engenheiro agrônomo é mais aprofundado, o que permite uma assessoria bem elaborada, com grande capacidade de trazer benefícios para o produtor rural. O profissional de nível superior pode fazer projetos capazes de diminuir os impactos ambientais e aumentar a produtividade e o lucro do produtor.
- Execução: os profissionais de nível médio, em função do conhecimento adquirido na sua formação, podem fazer a execução de todo o planejamento efetuado pelos profissionais de nível superior.
Habilidades e conhecimento
Para se destacar na profissão é importante, além da formação prática, ter uma boa base teórica. Dessa forma, o profissional compreende melhor todo o processo que envolve o dia a dia. Ana Paula destaca, também, o emprego das habilidades comportamentais, chamadas de soft skills. “O profissional precisa ser comprometido, proativo, realmente vestir a camisa. Quantas empresas procuram profissionais que se dedicam de verdade, olham para o próximo e não enxergam só eles próprios? Com certeza, muitas”, avalia a coordenadora, que já aplica isso em sala de aula. Na FAG, por exemplo, os alunos se preparam para concorrer a vagas no mercado de trabalho e são estimulados a lidar com situações adversas com ética. “Tem que ser extremamente ético e ter um posicionamento definido. Também precisa saber verbalizar bem, ter um poder de oratória grande, ser proativo, pensar fora da caixa”, completa Ana Paula.
O engenheiro agrônomo Marcos Roberto Marcon coordenador da Câmara de Agronomia do Crea-PR, explica que a Agronomia tem uma característica muito especial: conhecimento amplo. “Hoje, o engenheiro agrônomo trabalha com biotecnologia, conservação de solos, meio ambiente, agricultura digital, entre outros. São diversas possibilidades, ampliadas cada vez mais pelas novas tecnologias. E essas tecnologias demandam estudo e atualização constantes”, avalia Marcon. Ele explica que o engenheiro agrônomo precisa se atualizar por meio de cursos, palestras e eventos. “O mundo hoje entrou numa espiral muito grande de tecnologia e é necessário que esse profissional se mantenha atualizado”, completa Marcon.
Outra ação importante é estar registrado no Conselho Profissional, que habilita o exercício da profissão. Com essa regulamentação, é possível emitir a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica), comprovando para todos que determinada obra ou serviço possui um responsável técnico.
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