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Certificação acompanha crescimento

Publicado em 14 de setembro de 2022

O autor do Caderno Técnico da Agenda Parlamentar “Certificação de Produtos Orgânicos”, Engenheiro Agrônomo Jackson Kawakami, explica que todo produto orgânico produzido para chegar à população com qualidade precisa ser certificado. “É uma garantia para o consumidor e temos observado um crescimento na procura por certificação”. 

A certificação é o instrumento pelo qual uma certificadora credenciada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) assegura por escrito que um produto, processo ou serviço segue as normas e práticas estabelecidas para a produção orgânica. 

Ele explica que existem três mecanismos – certificação por auditoria, certificação participativa ou estar vinculada à uma organização de controle social (OCS). “Qualquer produtor pode buscar a certificação, independente do tamanho de sua área, volume de produção ou espécie cultivada. Entre as três formas de certificação a auditada é a de maior custo, em média, R$ 2 mil“.

Kawakami ainda ressalta o trabalho do Paraná Mais Orgânico na certificação, que é feita pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar). “Isto tem reflexo direto no fato de o Paraná ter o maior número de produtores certificados. É uma iniciativa muito importante”, conclui.

Mas, segundo o coordenador Estadual de Agroecologia do IDR-PR, André Miguel, as certificações ainda podem aumentar. “Muitos produtores não certificam as propriedades porque não têm mercado que justifique o investimento”, sinaliza.

Principais produtos brasileiros certificados Processados também podem ser orgânicos e agregam valor à produção

Produtos processados orgânicos

Sucos, geleias, laticínios, óleos, doces, palmito, pães, biscoitos, molhos, especiarias, vinho, cachaça, mel, produtos à base de soja orgânica, pratos prontos congelados, frutas desidratadas, óleos essenciais, açúcar branco e mascavo, café, guaraná em pó, barra de cereais, hortaliças processadas, extratos vegetais secos, camarão, frango e carnes.

Principais orgânicos exportados 

Paraná: soja, açúcar, erva-mate, café 
Minas Gerais: Café
Bahia: Cacau 
São Paulo: suco de laranja, açúcar mascavo e frutas secas 
Nordeste: castanha de caju, óleo dendê e frutas tropicais 
Pará: óleo de palma e palmito
Amazônia: guaraná
Rio Grande do Sul: arroz, soja e frutas cítricas
Santa Catarina: arroz
Mato Grosso: pecuária

(Fontes: MAPA, Centro de Inteligência em Orgânicos, Planeta Orgânico, Guia Mercado Livre e IBD)

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