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Foco na inserção profissional

Programa CreaJr-PR completa 18 anos com novidades que auxiliam na formação e inserção profissional dos acadêmicos

Em agosto deste ano o CreaJr-PR completará 18 anos. Atingindo a maioridade, o Programa do Crea-PR voltado aos estudantes das áreas de Engenharia, Agronomia e Geociências, apresenta novidades. “O DNA segue o mesmo – aproximar os acadêmicos das áreas tecnológicas ao Sistema Profissional – mas o Programa passou por ajustes e ampliações para atender ainda melhor às necessidades dos estudantes e das Instituições de Ensino”, conta o gerente de Relações Institucionais do Crea-PR, Claudemir Marcos Prattes.

Entre as novidades está o foco na inserção dos estudantes no mercado de trabalho. Para isso, os alunos que participam do Programa têm à disposição uma série de cursos de qualificação profissional – marketing pessoal, formação de preços, manufatura enxuta – e muitos outros que contribuem para uma formação continuada focada em soft skills (habilidades comportamentais), tão valorizadas no mercado de trabalho.

“Nós observamos, por relatos, pesquisas e até por currículos que recebemos em nosso Banco de Estágios e Empregos, que muitos alunos se formam sem ter cursos complementares, o que dificulta a valorização de seu currículo no momento da busca do primeiro emprego”, avalia Prattes. Assistindo aos cursos e ampliando seu conhecimento o cenário muda. “É  como se o estudante recebesse, na formatura, um canudo repleto de atividades e experiências que já o destacam no mercado de trabalho”.

Outro ajuste feito no Programa foi para atender uma demanda das novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), que estipulam que 10% da carga horária de todos os cursos de graduação devem ser destinadas às atividades de extensão. 

Atento a esta situação, o Crea-PR deu uma nova roupagem ao chamado Memorial de Experiências Acadêmicas. O nome mudou para RTA – Registro Técnico de Atividade Acadêmica – e remete, não por acaso, às ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) – documento que define, para os efeitos legais, os responsáveis técnicos pelo desenvolvimento de atividade técnica no âmbito das profissões.

“Na prática todo trabalho de extensão feito pelo estudante fica vinculado à ART do professor orientador e documentada no Crea-PR. Assim, a RTA comprova e registra a coautoria dos alunos nas atividades e eles podem agregar isso ao currículo”, descreve Prattes. 

A ideia surgiu no Colégio de Instituições de Ensino e um dos primeiros a aderir foi o curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal (UTFPR) de Pato Branco. “Durante a reformulação do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) eu propus ao Núcleo Docente Estruturante (NDE) e foi aprovado que as atividades dos alunos serão registradas por RTAs”, conta o Engenheiro Agrônomo José Abramo Marchese, professor da UTFPR, conselheiro e membro da Comissão de Educação e Atribuição Profissional (Ceap) do Crea-PR. 

Com isso, explica o conselheiro, todos os estudantes do curso se vinculam ao CreaJr-PR e conhecem os benefícios do Programa e do Sistema Profissional. Segundo ele, aos poucos, a ideia vem se disseminando entre mais cursos. “Tenho a informação de que será replicado no PPC do curso de Agronomia do Câmpus de Dois Vizinhos da UTFPR e, em breve, em mais IEs”, comemora.

Para o Engenheiro Eletricista André Pagani, facilitador do Setor de Convênios e Inserção Profissional do Crea-PR, o Programa exerce papel fundamental no conhecimento do Sistema Confea/Crea e Mútua. “O estudante que participa já sabe de suas obrigações, direitos e deveres. Sabe a importância e como deve preencher uma ART. Será, no futuro, um profissional muito mais consciente”, reforça. No ano passado, segundo ele, mais de 10 mil estudantes receberam informações sobre o Programa graças ao trabalho dos membros dirigentes, gerentes regionais e demais envolvidos.

Diferencial profissional

O Engenheiro Agrônomo Leonardo Bomfim Belotto atuou durante a graduação como coordenador regional do CreaJr-PR no Sudoeste e destaca como a experiência auxiliou na sua jornada profissional. “Foi uma experiência muito valiosa pois permitiu um contato maior com diversos membros do Conselho, além de uma vivência como liderança. Pude auxiliar os colegas, participar de ações, interações e crescer pessoal e profissionalmente. Eu vejo que o Programa me proporcionou um “up” nas competências antes de entrar no mercado de trabalho, como, por exemplo, liderança e comunicação”, destaca.

Atualmente ele trabalha como pesquisador de Fungicidas na Syngenta Crop Protection, em Mato Grosso. “Acredito que a experiência tenha contribuído positivamente para a minha carreira profissional por ter me auxiliado na construção profissional por meio dos cursos, encontros e atividades desempenhadas. Além de todos estes fatores, auxiliou na construção de uma comunicação mais aberta e assertiva, que favoreceu meu crescimento e possibilitou meu desenvolvimento nas relações interpessoais. O mercado de trabalho exige uma comunicação clara e objetiva”, descreve.

E Belotto recomenda aos estudantes que participem. “É  uma oportunidade de desenvolvimento que permite uma vivência profissional ainda como estudantes, além de promover o acesso a cursos, encontros e debates muito importantes para a capacitação técnica e pessoal. E, desta forma, o Programa permite uma transição mais natural do meio acadêmico para o meio profissional, construindo pontes estratégicas, conectando os estudantes com profissionais referência dentro do mercado de trabalho na área que desejam atuar”, conclui.

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