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Instalações elétricas em áreas úmidas

Publicado em 28 de abril de 2023

Seguir as normas à risca é essencial para evitar acidentes, que só no Brasil somaram 1.585 em 2022

No Brasil foram registrados 1.585 acidentes envolvendo eletricidade no ano passado. Destes, 761 foram fatais. Os casos são ainda mais incidentes quando envolvem áreas úmidas. No ano passado foram 38 mortes em rios, lagos e açudes e 157 em residências por choque elétrico. O total foi de 874 mortes no Brasil, 89% do total. As outras 47 mortes (6%) foram provocadas por curto-circuito e 40 (5%) por descarga atmosférica. Os dados são do Anuário Estatístico de Acidentes de Origem Elétrica 2022, ano base 2021, da Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade (Abracopel).

Imagem meramente ilustrativa

A principal Norma Técnica que rege a questão é a NBR 5410. “Quando se fala de instalações elétricas, a norma é muito cheia de nuances, depende de onde vai fazer a instalação, se é um ambiente seco ou molhado ou que está em uma altitude acima dos mil metros, onde o ar é rarefeito, ou se tem presença de fauna e flora. Para cada tipo é preciso adotar um trecho da norma”, explica o Engenheiro Eletricista Brazil Versoza,  ex-conselheiro e Presidente do Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (CEAL).

Ele alerta principalmente para a questão de instalações elétricas em piscinas e áreas úmidas. “É  uma situação em que se está completamente vulnerável, geralmente sem calçado, com o corpo molhado e sem nenhum isolamento”, elucida Versoza.

O que rege essa questão é o item 9.2 da NBR 5410. Segundo ele, os principais pontos são as bombas, filtros, luzes, tomadas e linhas de energia, que devem usar extrabaixa tensão – SELV (Separated Extra-Low Voltage) – sistema eletricamente separado da terra que faz com que uma falha não gere curto-circuito.

Também deve se usar o DR (Diferencial Residual) para detectar fuga de corrente. “O certo é que os elementos com eletricidade fiquem longe do alcance das pessoas com os pés molhados ou dentro da água, tanto em banheiras, chuveiros, piscinas e outros ambientes”, alerta.

Imagem meramente ilustrativa

Pontos de atenção causadores de acidentes

>> Iluminação interna da piscina ou de instalações elétricas ao redor sem SELV;

>> Falha de isolação elétrica na parte interna ou no entorno da piscina;

>> Falha de vedação ou índice de proteção inadequado de equipamentos;

>> Falta de aterramento do sistema elétrico da área da piscina, como bombas de filtragem, aquecimento de água, ou das estruturas metálicas do entorno, como grades, alambrados e postes;

>> Cuidados especiais com a iluminação subaquática.

Fonte: Portal de comunicação e serviços para síndicos, administradores de condomínios do Brasil (SíndicoNet), em artigo do Engenheiro Civil Zeferino Velloso

equivalem a cerca de R$ 24,6 milhões

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