Metaverso
É hora de se familiarizar com esta tecnologia para aproveitar as oportunidades

Logo após o anúncio de Mark Zuckerberg, em outubro do ano passado, da mudança do nome da empresa que controla o Facebook para Meta, o termo metaverso se tornou mais popular e uma das tendências tecnológicas deste ano. Mas, a realidade virtual do metaverso vai além desta iniciativa do Facebook e já vinha sendo explorada muito antes da mudança de marca que o popularizou.
“Desde 2018 trabalhamos no conceito da realidade virtual e a pandemia acelerou o processo. Não conseguíamos ir às empresas ou fazer reuniões para estudar determinado maquinário, por exemplo. Assim, há um ano compramos óculos de realidade virtual e começamos a explorar o metaverso”, conta o Engenheiro Mecânico Márcio Fontana Catapan, professor de diversos cursos de especialização da Universidade Federal do Paraná (UFPR), incluindo um mais específico sobre o assunto: pós-graduação em Gestão de Tecnologia 3D.
Segundo ele, existem muitas possibilidades e oportunidades dentro deste universo que combina as realidades aumentada, virtual e física. “Com a Meta, nova marca do Facebook, o metaverso se tornou mais imersivo. E isso possibilitou desde reuniões com diversos participantes, como também a inserção de modelos em 3D que podem ser avaliados, vistos e trabalhados por todos os integrantes presentes na sala virtual”, detalha o professor.
Outro incentivo para que a instituição fizesse a imersão neste universo foi o trabalho de mestrado do Engenheiro de Manufatura, Lucas Gregory G. Almeida. Ele é sócio da AeonVR, uma startup em soluções em Realidade Virtual (VR) e Realidade Aumentada (AR) e desenvolveu a dissertação: “O Kaisen no Metaverso: uma nova proposta de melhoria contínua nas empresas”.
Mas, além das experiências imersivas, Catapan também explica sobre outro ambiente que existe no metaverso. “É a faceta do blockchain (veja a explicação da expressão no box) e os itens que integram o ambiente digital como as NFTs, artigos únicos que vão muito além dos jogos que os tornaram mais conhecidos”, explica. NFTs (non-fungible tokens) são ativos digitais que representam itens exclusivos no metaverso. Os NFTs estão sendo bastante utilizados pela indústria de entretenimento e colecionáveis esportivos e já movimentam altos valores no ambiente virtual.
“Trazendo isso de forma prática para o universo da Engenharia uma ideia seria transformar o projeto de uma casa em uma NFT e fazer essa negociação virtual”, exemplifica o professor. O importante, garante ele, é se adiantar e buscar informação porque o metaverso já é realidade e “quem demorar para se familiarizar pode não conseguir correr atrás da mudança”, alerta.
EVENTO PARA DESMISTIFICAR O METAVERSO
A Associação dos Profissionais Geógrafos do Estado do Paraná (Aprogeo) fará no segundo semestre deste ano, em data a ser confirmada, um evento com apoio do Crea-PR abordando de forma cronológica a evolução desde a modelagem virtual até o metaverso, focado na atuação de engenheiros, agrônomos e geocientistas.
O evento será híbrido e um dos objetivos é criar um modelo estruturado que possa ser disponibilizado com todo o detalhamento para uso por outras Entidades de Classe. “A ideia é fazer algo no mesmo estilo do evento TED (Technology, Entertainment, Design), da Sapling, dos Estados Unidos. O modelo deu tão certo que eles fizeram o TEDx, uma franquia que permite que o evento seja replicado pelo mundo, de forma independente, mas seguindo o mesmo padrão”, exemplifica o Geógrafo Jorge Luis Oliveira Campelo, que está à frente da organização do evento. Campelo é pós-graduando em Business Intelligence e Inteligência de Mercado e educador Certificado Google Innovator (BRZ17).
No evento estão previstas sete palestras sobre o tema central: Uso da modelagem virtual no exercício profissional das Engenharias, Agronomia e Geociências. Alguns subtemas que estarão na programação: início de tudo – a modelagem e a evolução das profissões e seus impactos na sociedade; evolução tecnológica e modelos conceituais e seus impactos econômicos; prototipagem na indústria – errar menos e fazer mais; prototipagem digital e modelos matemáticos – ferramentas usadas no ensino da Engenharia, Agronomia e Geociências; a Engenharia e os sistemas CAD, Geociências e o sistema GIS; projetar e Planejar dez vezes mais rápido; como fiscalizar no “mundo virtual”; BIM, como fiscalizar o que não se conhece; conselho profissional e o futuro da ética nas atividades profissionais no metaverso. “Os profissionais precisam entender e estudar esta nova realidade e como ela se aplica porque é uma mudança de paradigma”.

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6 comentários em “Metaverso”

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Muito bom saber a diferença entre Criptomoedas e NFTs.
Olá David, agradecemos leitura e o seu comentário.
Achei ótimo começar entender um pouco sobro este assunto.
Muito bacana né, Cesar? Agradecemos pela leitura!
Parabéns a AEONVR de Curitiba por criar soluções para empresas poderem ter seu espaço no Metaverso de forma fácil e acessível!
Exatamente, Thainã! Agradecemos pela leitura.